quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Quais as manifestações clínicas?

As manifestações clinicas desta síndrome ocorre de várias formas, exigindo anamnese (entrevista realizada pelo médico) cuidadosa e exames físicos detalhados. O sintoma existente em todos os pacientes é a dor difusa e crônica, envolvendo o esqueleto axial (cabeça, caixa torácica e coluna vertebral) e periférico (braços e pernas). Geralmente, os pacientes têm dificuldade para identificar o local da dor, muitas vezes apontando sítios peri-articulares (região dos tendões, entésios, ligamentos, bainhas tendíneas, tecidos peritendíneos e bolsas serosas), sem detectar se a origem é muscular, óssea ou articular. O caráter da dor é bastante variável, podendo ser queimação, peso ou pontada. É comum o agravamento da dor pelo frio, umidade, mudança climática, tensão emocional ou por esforço físico.
Há também os sintomas centrais que acompanham o quadro doloroso, que é o sono não reparador e a fadiga, que estão presentes na grande maioria dos pacientes com a síndrome. O distúrbio de sono, resulta na ausência de restauração de energia e consequente cansaço, que aparece logo pela manhã. A fadiga pode ser bastante significativa, com sensação de exaustão fácil e dificuldade para realização de tarefas laborais ou domésticas. 
Outro sintoma é a "sensação" de inchaço, particularmente nas mãos, antebraços e trapézios, que não é observada pelo examinador e não está relacionada a qualquer processo inflamatório. Além dessas manifestações músculo-esqueléticas, muitos se queixam de sintomas não relacionados ao aparelho locomotor. Entre esta variedade de queixas, destaca-se cefaleia, tontura, zumbido, dor torácica atípica, palpitação, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, tensão pré-menstrual, urgência miccional, dificuldade de concentração e falta de memória. 
Cerca de 30% a 50% dos pacientes possuem depressão. Ansiedade, alteração do humor e do comportamento, irritabilidade ou outros distúrbios psicológicos acompanham cerca de 1/3 destes pacientes, embora o modelo psicopatológico não justifique a presença da fibromialgia.


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